Desliguem a prosopopéia que eu quero falar.
Não faço minhas idéias sem metaforizar,
Nas vírgulas entendo como se faz o apelo
Na intransitiva vida sem pleonasmar.
Que transe transitivo!
Não brinco de estar vivo
Respiro a poeira das vírgulas
Num rastro de letras e aperitivos.
Dos postes, haja luz que ilumina os pontos
Não de ônibus, mas os proparoxítonos
Tão feios e tônicos,
Que cambaleiam me deixando tonto.
Um abraço aos que, nas falésias do coração
Deixam entrar a loucura de uma crase
A poesia de uma oração
Nada de adversativa, porém de ligação.
Salve! Elipse que não é do sol
Pertence aos grandes voadores
Os que usam aerosol
Fazem do ditongo seu paiol.
Obrigado pelos ouvidos
Pelos arrepios nos adjetivos
Tendo modos ou sem eles,
Interpreto o texto sem gemidos.
Pós Scriptum para encher o saco
Quando efêmero foi o esquecimento
Cai o artigo ante o substantivo
Predicando o sujeito enrolado
Quando você se pergunta onde está o Gil? Cadê o Gil? Derepente ele aparece corrigindo nosso portugues e curando nossos ouvidos. Parabéns pela construção ficou muito boa. Muito mesmo. :)
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